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Mostrando postagens de 2016

MOZART

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Cheia de coisas...dor, ardor, fulgor...é assim: O desespero de escolhas mal resolvidas como pálidas folhas que esperam no chão o vento que as leve. Um raio de sol entre as cortinas corta o cinza e preto de tanta falta que o afeto faz... No dia em que você souber pra onde vai, é o dia em que também descobre o descontento, o alento e o furor...e entende que do outro vem olhar vazio...que diz tanto quanto o silêncio de suas palavras. Mas a calma dos sábios já conhece esse algoz, entende suas peripécias e não as teme, a calma, é sempre serena, anda a passos lentos, para e pensa, não tem atitudes precipitadas, mas sabe admitir quando, em uma encruzilhada ou outra, toma um caminho incerto, afinal de contas, alguns caminhos levam à escolhas difíceis, as vezes mais e as vezes menos, mas sempre difíceis. Sente o pulsar, aguça os sentidos, como se estivesse no topo de uma montanha de gelo ve alem, com olhar escarlate pulsante...para e apenas observa, sem mergulhar de subito em seu

Lake

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O dia em que a tranquilidade na varanda não é perturbada por nada além do uivado lento do vento. O suspiro da mudança entre o incerto e o certo não é algo que se busca, é algo que acontece sem pensar, sem querer, sem pedir e sem esperar. O doce fulgor da inspiração, do alento e a perdição inócua de um olhar tão simplista quanto gota de água em oceano, torna-se tão cativante que a insensibilidade se parte, quebra e esfarela como se nunca estivesse ali antes, ah antes, alicerce de um ser, que deixou de existir. O ser pode ser tão completo quando falta a falta? Em ritmo inquieto, mas quase que imóvel o medo deixa de existir, passando lentamente a ser esquecido ou deixado de lado quando tudo o que interessa é essa precisa inspiração que vem de outro, esse que com seus defeitos e suas qualidades, com seu sorriso e seu sono...traz o uivado outrora lembrado, consigo. Sem menção honrosa, louros ou oferendas, sem endeusamento ou veneração. Tudo passa a ser o que é, o simples im

Again...

E lá estavam dois personagens já conhecidos dos desavisados...entrebolando... Pl.P: Olha lá! Olha lá! Pl.P: Não é espelho em meio ao mar! Pl.P: O que vem? O que vem? Pt.P: Tudo aquilo que nos faz bem. Pl.P: Onde fica? Onde fica? Pt.P; Bem além do que você acredita. Pl.P: Pra onde vai? Pra onde vai? Pt.P: Pro final onde cada gota cai. Pl.P: Mas e daí? Pt.P: Não sei de nada porque não fico por aqui. Pl.P: E no final? Pt.P: Quem sabe lá é quem ou qual. Pl.P: Então é bom? Pt.P: Não sei porque depende do som Pl.P: Mas que som? Que soa em vão? Pt.P: Não bobo, do seu coração. Pl.P: Não sei se entendo... Pt.P: Ninguém jamais vai entender...o que te resta é só sentir, e se quiser, deixar ir. Pl.P: Então o final é triste? Pt.P: Nenhum final é uma lástima que lhe valha uma lágrima, e finais são recomeços e recomeços são tocas de coelho, daquelas que você bem conhece. Pl.P: Então felizes...? Pt.P: Nem tão felizes que lhe encham o peito com fogos de artifício.