Lá e cá e de volta outra vez

Você pensa no que o outro pensa? De um lado estão todos os covardes que negam a si mesmos o sentir. De outro os impetuosos soldados que lutam, sangram, como sangram, até a morte para não parar de sentir. O fazem mesmo sem querer. No fim de um dia de batalha abstenha-se de tudo que lhe parece querido, mantenha-se firme somente as pequenas coisas que lhe são queridas de verdade, que lhe são tangíveis e factíveis. Nada daquilo, que em um segundo passa pela sua cabeça lhe poderia ser real de fato, então queime como uma folha de papel, ou melhor, como algum ou qualquer liquido inflamável, dessa forma em um segundo virará pó e você não precisa se preocupar com preocupações alheias. De pé no sangue do inimigo, mas sentindo o cheiro do sangue do amigo que acabou de ser abatido ao seu lado, tudo fica cinza e vermelho, e você esquece daquele campo verde, e daquele sorriso latejante, e do que poderiam ser olhos negros ou castanhos em sua vida. Nesse momento, é você quem deseja estar ali, morto, c

Imagine que você possa ser o que quiser, tudo ao mesmo tempo, imagine que você se sinta onipotente, de forma que nada possa aflingi-lo. Você esta leve, como uma pena. O sentimento de subir a superfície depois de um longo mergulho, o alterar de sensações. O inimaginável nos leva ao real. Por nada mais do que um impulso, voltamos com a mesma perspectiva que sempre tivemos, voltamos nem melhor nem pior, mas definitamente com outras sensações. Nunca se pode levar "a perda", sempre se deve levar "o ganho", mesmo que todas as células do seu corpo lhe digam o contrário. A nossa fome é diferente, e nos faz diferentes, mas as sensações são compartilhadas. Talvez em um universo paralelo, algumas de nossas escolhas tenham sido completamente diferentes. Talvez nesse universo tudo tenha dado certo, mas que disse que na nossa realidade as coisas não estão certas? O que se faz necessário, são objetivos. Tenha-os, construa-os, faça com que eles valham a pena. E por mais amargor, do