The tallest tree and the only brave


Sobe lá. Sobe lá!!!!

A mae encoraja o pequeno a subir no galho da árvore, ele quer, ele tem vontade, mas quando olha pra cima, percebe a magnitude e grandiosidade que lhe aguarda, tem medo e ao mesmo tempo, tem a coragem.

Sobe lá. Sobe lá! Sobe lá!

Um passo de cada vez ele escala, sem olhar para baixo, exceto por um relampejo que o faz olhar direto nos olhos caramelo de sua mae, sua heroina, seu maior incentivo.

Sobe mais. Sobe mais

Ja em uma altura amedrontadora, e sem a duvida de preocupacao de sua mae (sente no tremor da voz)  se surpreende com mais esse incentivo, o de nao parar, o de querer mais, saber mais, subir mais, ja ali, naquele momento, mesmo pequeno do jeito que é, comeca a perceber que as pessoas nao sao o que parecem, nem mesmo sua mae.

Como é ai?

Lá de cima ele olha, nao tem mais para onde ir a nao ser para baixo, ele para e olha, nao dando muita atencao para o que sua mae esta dizendo la em baixo, afinal de contas ela esta la em baixo. Pasmo, ofegante, inspirado. Na copa da árvore mais alta, mais uma vez se surpreende, e se orgulha de si mesmo, conseguiu chegar até aqui e aqui é...lindo. Essa é a única palavra que sai de sua boca para de certa forma responder ao questionamento que vem la de baixo...meramente como forma de educacao...pois pra ele, nada mais interessa, as coisas la em baixo perderam a graca, nao tem cor, nao tem gosto nem som, ele nao quer mais sair dessa copa, essa copa ele conquistou, essa copa é dele, pertence a ele, e agora é seu mundo, intocável e instransponível.

Agora desce devagar!

Preocupacao de mae, só mae tem.
Olhar de filho, só filho tem.

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