Mirror mirror





A força que se tem é impressionante...um aguardo silêncioso e interminável. Nem a presença faz o dia clarear, porque dela não se tem nada, porque ela não existe de verdade, é como uma estátua de sal ou cinzas que outrora fora linda, formidável em seu pleno explendor...hoje com o sopro de uma brisa leve ela deixa de existir.

Então subtamente o aguardo é interrompido, com um estalo de serenidade e até frieza...isso vem com o aceite, com o "ok", com a compreensão de que para o lugar em que estava, e para onde estava indo, não voltará jamais.

Um caminho que é espelhado sem a devida atenção, faz o pelegrino seguir em direção oposta, e ainda mais, com tamanha afronte, as pedras as quais ele pisa com seus pés descalço se tornam maiores e mais afiadas.

_Mas tudo isso "que se dane"...quando são seus pés e não os meus.

 E é do sentimento provindo dessa sentença que o pelegrino ganha botas para sua jornada, e continua sem parar, até chegar não se sabe onde...e na verdade não se importa.


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