Little sailor on cotton candy sea
É assim. Sem saber. Você não sabe, e é muito esperar que os outros saibam mais do que você.
É em um mar desconhecido que navego todos os dias.
No horizonte um sol cor de chocolate, quase negro me guia, e sob o casco de meu pequeno barco frágil, um sorriso que inunda tudo a minha volta e cria o mar por onde eu navego.
É na liberdade de se navegar, com o rosto ao vento, sem saber pra onde vai, sem se importar muito com isso, que continuo, sendo sempre alimentado e amparado pelo mar. E com força de capitão, encho meus pulmões e me ponho a gritar, como se nada dependesse de mim.
Sem esperar, sem piscar para não perder nenhum momento.
A noite enquanto todos estao ocupados fazendo seja la o que for que estejam fazendo, fico ali, no meu barquinho, deitado olhando para o céu, vendo as estrelas, não sou o mais forte entre todos os navegantes, não sou os mais temido entre eles ou o mais ousado, mas tenho um pouco de diferente e um pouco mais de vívido em mim, e alí deitado vejo o reflexo do mar no céu, sorrindo abaixo de mim, e quando brinco, tenho o meu barco inundado, como um tsunami bom, e sou engolido lá pra baixo, em águas desconhecidas.
Quando volto a superfície vejo um porto, nado até a costa e assim que chego me deparo com um navio muito grande, cheio de pessoas festejando, e me convidando para outra realidade, olho para trás, lá longe, e revejo meu pequeno barquinho, quase que se despedindo de mim, não tenho dúvidas, corro de volta para ele, e o mar feliz por minha escolha me beija com suas ondas, e quando chego finalmente de volta ao meu barquinho, o vento gentilemente passa a mão no meu cabelo e diz, vai...
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