Life shining



Andando por ruas que nem sei, completamente perdido, esbarra em um senhor que muito propriamente tirava fotos com sua grande maquina preta.

O pedido de desculpas vem logo respondido com um sotaque dificil de ser compreendido, ao mesmo tempo de forma familiar - "Nossa! Me lembrou de casa!".

Nesse momento, um raio de sol, e que sol! Perfeito, reflete na lente da grande maquina preta e vai direto em seus olhos, seguido de um outro pedido de desculpas dessa vez do lado gringo, que logo no momento seguinte rí, e deixa qualquer desavença cair por terra, e os dois dao grande risada, e ali começa algo que nao se sabe onde vai parar, por que afinal de contas nunca se sabe onde as coisas vao parar.

E pra dizer a verdade é melhor que seja sempre assim, nunca saber, apenas manter em sí uma vontade de que seja em paz, de que seja certo, de que faça sol um dia, e que faça chuva no dia seguinte, mas que ao se levantar pela manha, e ir ao trabalho de bicicleta, nunca se deixe levar.

E é assim, apenas para que chegue logo aquele, aqueles, pôr do sol, em que sentado com o gurizinho inquieto e com alguem essencial ao seu lado, possa contemplar o dourado se misturar com o azul e com o verde e consigo mesmo, e se sentindo-se bem, feliz e em paz, possa dizer ao velho sorridente com a grande maquina na mao, que ele esteve sempre certo.


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