Your blood



Você pensa no que o outro pensa?

De um lado estão todos os covardes que negam a si mesmos o sentir. De outro os impetuosos soldados que lutam, sangram, como sangram, até a morte para não parar de sentir. O fazem mesmo sem querer.

No fim de um dia de batalha abstenha-se de tudo que lhe parece querido, mantenha-se firme somente as pequenas coisas que lhe são queridas de verdade, que lhe são tangíveis e factíveis. Nada daquilo, que em um segundo passa pela sua cabeça lhe poderia ser real de fato, então queime como uma folha de papel, ou melhor, como algum ou qualquer liquido inflamável, dessa forma em um segundo virará pó e você não precisa se preocupar com preocupações alheias.

De pé no sangue do inimigo, mas sentindo o cheiro do sangue do amigo que acabou de ser abatido ao seu lado, tudo fica cinza e vermelho, e você esquece daquele campo verde, e daquele sorriso latejante, e do que poderiam ser olhos negros ou castanhos em sua vida. Nesse momento, é você quem deseja estar ali, morto, como o seu amigo.

Mas como sempre, o sol, sempre ele, nasce novamente trazendo mais um dia de esperanças para estes soldados, e trazendo mais um dia de purgatório regado a falsas ilusões de felicidade para os covardes. São forças opostas que precisam umas das outras, os mortos não são ninguem sem aqueles que os mataram, ja os vivos não tem nenhum propósito a não ser sua missão de alvejar seus oponentes.

No fim o que resta é essa força oposta, é o estalar de espadas, é o sange derramado no chão, são os olhos vazios e a pele gelada. Nunca se esforce demais, nunca demonstre demais, nunca queira uma coisa demais, nunca lute demais, você será derrotado pela mais simples das ações, pela mais simples das palavras, pelo mais verdadeiro ou falso ato de impotência, um "NÃO".

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

First of all

Dream of a Flute