Raining outside
Outra água que sopra, outro vento que corre, outra luz que retumba, outro som que brilha. Porque as coisas não podem ser do seu jeito? Apalpar a satisfação de não precisar ou não ter que se questionar a respeito de razões ou motivos para as coisas acontecerem ou para as pessoas serem do jeito que simplesmente são, diferentes.
Nada é além daquilo que se supõe que seja. Desejar é perder no futuro, desprezar é perder no agora, subestimar é perder no passado. Se sempre perde, como se faz para ganhar? Faz o mesmo de sempre, porque perdesse para ganhar. Tanto faz qual a cor do subjulgado olhar, ao refletir seu rosto na água, vê tudo de mais importante, subtamente sem o menor interesse.
Você tenta entender o que acontece a sua volta, mas nada faz muito sentido, ou nada faz muito o SEU sentido. O observar dos ponteiros do relógio que se transformam em uma bússola, e indicam, notoriamente a direção, ou o procurado sentido?
Então você mergulha de novo, gosta do silêncio de baixo da água convertido em pensamentos, mas logo emergi sem ar, afinal, não se pode ter as duas coisas, nunca se pode ter as duas coisas, engraçado que ao ar livre seus pensamentos se prendem e de baixo d'água eles se soltam e morrem afogados.
E de novo ao acordar coloca sua coleirinha, ao meio dia come sua raçãozinha, e a noite deita em sua caminha ou no colo de seu dono. As pessoas prometem tantas coisas para si mesmas, pobre do seu EU que finge escutá-las sempre, sempre e sempre, repetidas vezes.
Nem se sabe mais onde termina isso, será com a morte? O mais importante e mais trágico é não se lembrar do começo no final. Nunca deve-se lembrar do começo no final. O final é sagrado e o começo imaculado.
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