San Pellegrino
A devoção a São Pelegrino provém de uma pequena localidade chamada San Pellegrino in Alpe, na região de Lucca, Itália, cuja existência está documentada desde 1110. Faz-se referência a uma Igreja e um albergue público, destinado a abrigar os viajantes que passavam por aquela região de despenhadeiros, montanhas e torrentes, e coberta por uma espessa mata. Conta a história que em tempos ainda mais remotos fixou-se neste lugarejo um homem vindo de terras distantes, e que passou a levar uma vida de eremita. Dedicava seu tempo à oração e à ajuda aos viajantes, de modo todo particular aos pelegrinos. Pelas suas virtudes e caridade, conquistou a admiração de todos, e sua fama se espalhou. Este era São Pelegrino, segundo a lenda filho de Romano e Plântila, Reis da Escócia (embora as listas de reis escoceses não mostrem nenhum monarca com este nome). Desde seu nascimento sua vida foi rodeada de grandes prodígios. Adulto, renunciou ao trono e saiu a peregrinar com destino à Terra Santa. Sofreu várias perseguições, mas voltou à Itália miraculosamente e, guiado por uma estrela, foi até uma grande floresta, onde ressuscitou dois mortos e passou a ser furiosamente hostilizado por maus espíritos, e, combatendo-os, expulsou-os. A região, temida pelos peregrinos, tornou-se segura. Ele passou a residir em uma caverna, onde dedicou-se a orar, tornando-se amigo de todos os animais. No fim da vida, refugiou-se no interior de uma grande árvore oca. Pressentindo que a morte estava próxima, escreveu sua vida numa cortiça de árvore. O seu culto ainda hoje é comum em Módena, Lucca, Bolonha, Parma, Reggio Emilia, Vêneto e Trentino, bem como no Brasil, trazido pelos imigrantes italianos.
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