Feathers, Poets and Clowns - Preface

De baixo de uma árvore, em um mundo que não este, estava eu conversando com o Palhaço Pena, delírios imaginários de uma mente, diria eu, parnasiana, grandes acontecimentos nos vieram e perguntas no ocorreram.

Palavras, se temos que escolher as mais bonitas, pq a pressa?

Se aparece de pressa, de pressa leva o que é meu, sem tempo para brincar de correr feito vagalume.

De repente toda mágica se acabou, e ao longe, próximo aos gigantes moinhos de vento, escutamos a voz cantante do Poeta Pena, dizia ele:
_Quando tudo apagar, não tenham medo, pois vós não estais sóis.

O Palhaço Pena riu. E o Poeta voltou a falar:
_Quando começar o frio dentro vós e tudo em volta parecer quieto e não parecer perto, toda volta parecerá o mais certo, e certo será perto sem estar, fique perto de quem vós amais! Ja sonhei com vossa roda gigante!

Nesse momento, água nos olhos do palhaço molha a menina dos olhos abandonados, e sua boneca de pano chora.

Corremos beirando o ribeirão, dormindo junto ao coração e fazendo do peito cachoeira.

Olhamos para o céu e vemos a Nova Lua e nossos corações se enchem de coragem, e nossos medos adormecem.

Novamente nos encontramos com o Poeta Pena, e cantava ele:
_...solta a prosa presa, a luz acessa, lá si dorme um sol em mim menor...eu sinto que sei que sou um tanto bem maior...

Então me perguntou:
_Pelegrino dos montes distantes, viajante de terras longínquas, se tudo é uma coisa só, pq teu coração ainda não é?

Respondi:
_Meu coração é assim, uma parte que penso que não tenho, e em minha verdade ainda não a tenho, e gosto de não a ter, pois assim se torna a razão de minhas andanças e meus caminhos.

Retrucou ele:
_Parte que não tens?! Pois lhe digo com a certeza do calor que sentes em teu rosto ser proveniente da luz que o sol ilumina, que a tens, só estais por ai, aguardando com tanta angústia para ser encontrada por ti. Mais não te preocupais, pequeno gafanhoto, a ti grandes feitos esperam.

O Palhaço interviu:
_Na varanda, onde o ar anda de pressa, vai embora na conversa nossa pressa de ficar, onde a flor se arremessa, onde o vento prega peça, nos traz festa pelo ar! A criança se debruça, mãe menina ainda fuça nos cabelos a ninar, onde a lua se levanta, onde a rede se balança, serenata pra acordar! Joga a trança, buscando o chão e não o céu, igual barquinhos de papel, sonharei de encontro ao mar!

O Poeta completou:
_E a noite vem meu caro, sendo o descanso do Sol, e a ponte vem, sendo a distancia de quem ta só. Um Sol com a cabeça na Lua, a Lua que gira, que gira, que Girassol!

Me despertei nesse momento, pensando nas palavras mais bonitas, nas palavras do Palhaço Pena e do Poeta Pena...e quis como nunca quis nada em minha vida, voltar áquele mundo onde tudo é uma coisa só.

Comentários

  1. Após muito refletir sobre esse post (digo isso pq li umas 5 vezes hehe), cheguei a uma interpretação, acredito q o palhaço e o poeta sejam um mesmo ser, um sentimento q ele carrega dentro de si, e que no sonho ele consegue conversar com ambas as partes e compreender o que lhe faltava e do que ele sente falta, se tornar um só coração, uma coisa só.
    Realmente um texto mto complexo hehehe

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

First of all

Dream of a Flute