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Mostrando postagens de dezembro, 2015

Rai.n

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Ontem parei para ouvir os pingos de chuva. Não entendia sua persistência...ping...ping...ping...ping. O vento veio e me disse que é assim mesmo, e saiu me deixando arrepiado. Tentei argumentar...interrompi o estampido frenético e insistente...apenas o som se ocultou. Perguntei à verdade, ela me disse que não tinha jeito, perguntei para a mentira, ela disse que tinha sim. Então, cabisbaixo eu tive que esperar, olhando pingo após pingo, a gota se formar, deixar a superfície quase que em desespero e se espatifar no chão. Pensei que aquelas gotas se pareciam com lágrimas, e imaginei se seriam de tristeza ou alegria. Ao longe, enquanto os pingos continuavam, escutei vozes, cantos de pássaros e até carros apressados, todos entretidos em seus mundos particulares, alheios àqueles pingos. Ao fundo o ping...ping...ping obstinado não parava, enquanto que de súbito sentir cheiro doce, parecia que tudo estava em conspiração...os sentidos eram tão intensos que atordoavam. De repente sil...